O Festival será realizado entre os dias 9 e 14 de dezembro, com mostras de curtas, médias e longas-metragens, assim como oficinas e outras atividades especiais.
Está chegando a hora do Sertão do Pajeú mostrar, mais uma vez, que é terra de cinema, reforçando a vocação do nosso estado em fortalecer e celebrar o audiovisual local e nacional. Entre os dias 9 e 14 de dezembro, o Festival de Cinema de Triunfo realiza sua 15ª edição, com o centenário Theatro Cinema Guarany abrindo suas portas para mostras de curtas e longas, além de atividades formativas, debates e uma série de outras ações que farão a cidade respirar cinema durante uma semana. O festival é realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em parceria com a Prefeitura Municipal de Triunfo, do Sesc e da Associação Comercial de Triunfo.
A programação deste ano segue abraçando a pluralidade, descentralização
e inventividade que já são as marcas do festival. Curtas, médias e longas
oriundos de todos os cantos do estado, do Nordeste e do Brasil estão presentes,
com a tela do Theatro Cinema Guarany recebendo narrativas e imagens que
estimulam debates sobre a diversidade da cultura brasileira, com uma curadoria
que buscou equilibrar diferentes gêneros e formatos, como ficção, documentário,
cinema experimental e videodança, além de uma programação especial para o
público infanto-juvenil e a Mostra Judith Quinto, realizada pelo Sesc.
“O Festival de Cinema de Triunfo é um momento muito importante do
calendário do audiovisual tanto do estado, como do Nordeste e do Brasil. Ele
chega em sua 15ª edição consolidado como um espaço de encontros e trocas para a
cadeia produtiva, mostrando que a força do cinema no nosso estado não se
concentra apenas na capital, mas abrange toda sua extensão territorial”, afirma
a Secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula.
A abertura oficial do festival será realizada às 18h, no Theatro Cinema
Guarany, com a apresentação dos Caretas de Triunfo, além da Orquestra
Filarmônica Isaias Lima e o Balé Popular de Triunfo. Em seguida, inicia-se a
mostra competitiva de curtas, médias-metragens e filmes experimentais, seguida
do primeiro longa do festival, o paraibano Cervejas no Escuro, de
Tiago A. Neves. Também compõe a mostra de longa os títulos Tijolo por
Tijolo (Victória Álvares e Quentin Delaroche, PE), Citrotoxic (Júlia
Zakia, SP), Sekhdese (Graciela Guarani e Alice Gouveia)
e Légua Tirana (Diogo Fontes Ek'derô e Marcos Carvalho Xôlaka,
PE)
“A nossa programação busca incentivar a participação do público nos
debates, fortalecendo o diálogo entre realizadores e espectadores. Além de
buscar criar um espaço de troca e reflexão crítica sobre os temas abordados nos
filmes, com uma seleção de obras que exploram questões como ancestralidade,
identidade de gênero, territorialidade, cultura popular e tradições regionais”,
explica a Coordenadora de Audiovisual da Secult-PE, Maria Samara.
AMOSTRA PRAÇA PE
Uma das novidades do 15º Festival de Cinema de Triunfo é a Amostra Praça
PE, que vai proporcionar ao público a experiência de assistir curtas-metragens
ao ar livre e curtir apresentações de atrações musicais pernambucanas, com o
Som na Rural. A Amostra acontecerá de 12 a 14 de dezembro, a partir das 19h, na
Praça do Avião.
Como atrações culturais, a banda
Ambrosino, de Triunfo; o grupo Forró Só Triscando, também da cidade, que se
apresentará no Dia Nacional do Forró (13/12); a cantora e compositora Jéssica
Caitano, natural de Triunfo e umas das homenageadas do festival; o tradicional
grupo Samba de Coco Raízes de Arcoverde.
OFICINAS
As atividades formativas, um dos principais braços do Festival de Cinema
de Triunfo, serão realizadas na Fábrica de Criação Popular do Sesc e na Escola Municipal
Milton Pessoa, na zona rural de Triunfo. A primeira, Oficina de Crítica
Cinema na Palma das Mãos, começa uma semana antes do festival, entre os
dias 3 e 6 de dezembro, sendo ministrada por Ingá Patriota, de onde também
sairão os votantes do júri popular, com inscrições abertas até o dia 25/11.
Já nos dias 11 e 12 de dezembro, começa a oficina Aquilombalab, voltada
para a distribuição de curtas-metragens, ministrada por Anna Andrade. O momento
é voltado às trabalhadoras do audiovisual e busca criar um espaço de
fortalecimento da estrutura feminina e negra atuante no Nordeste. A
programação contará com dois encontros presenciais em que as profissionais irão
compartilhar suas experiências e reflexões sobre as áreas de atuação no
audiovisual.
Sucesso na edição passada, a oficina Outros Sertões e o Minuto retorna
neste ano, ministrada por Mila Nascimento, Uilma Queiroz, Alexandehn, com
monitoria de Crawd, agora sendo realizada na Escola Municipal Milton Pessoa, na
zona rural de Triunfo, com um público formado por estudantes do ensino
fundamental e da Educação para Jovens e Adultos (EJA). A iniciativa
proporcionará aos sertanejos conhecimento teórico e prático para serem
protagonistas da construção de sua identidade e de seu desenvolvimento cultural
por meio do audiovisual. Ao fim da oficina, eles produzirão um vídeo de 1
minuto, desde a criação do roteiro, filmagem, captação e tratamento de áudio,
até a edição final, passando por todas as etapas: pré-produção, filmagem e
pós-produção.
Quem também retorna é o coletivo CineRuaPE, que traz duas atividades
para esta edição do festival, ambas no dia 14 de dezembro. A primeira será uma
mesa de debate sobre cinemas de rua do Sertão do Pajeú, discutindo as relações
entre produção cinematográfica e oferta de salas de cinema, a distribuição, a
formação de público, a produção e a sustentabilidade da produção
cinematográfica. A segunda atividade será uma visita guiada ao Theatro Cinema
Guarany, destacando sua história e características únicas que o torna
referência cultural do nosso festival.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:
SEGUNDA-FEIRA (09/12/2024)
17h | Caretas de
Triufo
17h |Orquestra Filarmônica
17h30 | Balé Popular de Triunfo
18h |Cerimônia de abertura
19h | Mostra competitiva de curtas,
médias-metragens e filmes experimentais
Kruarã - Território Ancestral (Outro, 6 min, 2024, Triunfo-PE,
Livre), de Zinid
Acessibilidade: Legendagem para surdos e Ensurdecidos
Sinopse: Kruarã – Território Ancestral,
incita a reflexão sobre a perda do território do povo KARIRI e o apagamento
histórico da religiosidade, da memória social e cultural do povo originário de
Triunfo-PE.
Dinho (Ficção, 20 min, 2023, Recife-PE, 10 anos), de Leo Tabosa
Acessibilidade: Libras, audiodescrição e legendas para surdos e ensurdecidos
Sinopse: A vida de Dinho é marcada por
abandonos. Agora, sua mãe biológica retorna prometendo ficar, enquanto seu
melhor amigo está para partir.
SER TRAVA NO SERTÃO TRANSGRESSORA (Documentário, 45 min, 2021,
Arcoverde-PE, Livre), de Luís Massilon da Silva Filho
Sinopse: A vida e a arte de três artistas
travestis no interior de Pernambuco, a relação com o território, a
sensibilidade, poeticidade e transgressão que essas artistas transmitem,
transfiguram, travalham com sua arte.
RHEUM (Experimental, 2 min, 2024, Salvador, BA,
Livre), de Rayana França
Sinopse: Permeada pela liricidade do
sonho, RHEUM acompanha a experiência sinestésica de Remela. Com trilha sonora
autoral e sendo produzido em animação com areia, o curta trabalha o suspense
criado pelo subconsciente.
20h30 | Mostra competitiva de
longa-metragem Nacional
Cervejas
no escuro (Experimental,
83 minutos, 2023, Princesa Isabel - PB, 12 anos), de Tiago A. Neves
Sinopse: O luto pela morte do marido é
também a oportunidade para Edna refazer o filme que foi a sua vida e encontrar
por trás dessa aventura amizades e situações cujos enlaces costuram o passado
histórico local à sua própria vida.
Debate após sessão
TERÇA-FEIRA (10/12/2024)
17h – Grupo Cambindas, apresentando o
espetáculo Cambindas de Triunfo
18h | Mostra competitiva de curtas,
médias-metragens e filmes experimentais
Navio (Ficção, 11 min, 2023, Natal-RN, Livre), de
Alice Carvalho, Larinha R. Dantas e Vitória Real
Sinopse: A catadora Dandara vaga
invisível pela cidade. O encontro com Exu Mirim a leva para o fundo da memória.
Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade
Viva na Pele Talhada (Documentário,
24 min, 2024, Poço Redondo - SE, Livre), de Bruno Marques.
Acessibilidade: Legendagem para surdos e Ensurdecidos
Sinopse: A arte de talhar o couro está
na família de Mestre Orlando Félix há gerações. Foi a partir desse saber que o
filme “Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada” foi
pensado. Gravado na cidade de Poço Redondo, o documentário revela um pouco da
história do couro no Sertão nordestino a partir da vida de Seu Orlando.
SOCORRO & MAZÉ (Documentário, 18 min, 2024, Surubim -
PE, Livre), de João Marcelo
Sinopse: A história de duas artistas
nascidas e criadas sob o sol escaldante em plena caatinga do Nordeste
brasileiro, alimentava um sonho de um dia prosperarem através da música. No
caminho, muitas dificuldades, enganadas, vão ao fundo do poço e ressurgem no
ritmo da perseverança, do trabalho e na resistência em celebrar o autêntico
forró.
Carniceiros (Terror, 24 min, 2023, Petrolina
-PE, 12 anos), de Geisla Fernandes e Wllyssys Wolfgang Acessibilidade:
Legendagem para surdos e ensurdecidos, libras e audiodescrição.
Sinopse: Abraão e seus filhos vagueiam
sem rumo, evitando os contaminados. Judite e sua família se mantêm unidos por
uma única causa: a sobrevivência. Em um mundo onde a desconfiança substituiu a
generosidade, os riscos se intensificam a cada momento.
Miração (Experimental, 10 min, 2024, Ouricuri-
PE, Livre), de Agamenon Porfírio
Sinopse: "Miração" se refere ao estado visionário experimentado em
momentos de alteração da consciência. Aqui, "mirar" não se limita
apenas ao ato de olhar, mas à conjunção entre ação e contemplação. É esse
estado de "miração" que norteia o protagonista, que sonha e
consegue enxergar muito além do
imediatamente visível. O curta, através do olhar do personagem, reflete sobre
questões como o tempo, o deslocamento de si e da sua terra, além do desejo e do
ímpeto de retornar. Uma espécie de road movie onírico de volta
para o sertão.
SUSTENTA A PISADA! (Videodança, 7 min, 2024, Arcoverde-PE, Livre),
de Jéssika Betânia
Sinopse: Hoje é impossível pensar o
coco de Arcoverde sem o tamanco e os passos do trupé. Sua pisada ímpar e
cativante é carregada de ancestralidade e ritmo. A grande maioria dos passos
utilizados hoje pelos grupos da cidade foram criados por Valete Gomes, que faz
parte da primeira geração de dançarinos após a inovação do tamanco de madeira
trazida por Lula Calixto. Então, por que não deixar que os pés de Valete contem
essa história?
20h |
Mostra competitiva de longa-metragem Nacional
TIJOLO POR TIJOLO (Documentário, 104 min, 2024, Recife-PE, Livre),
de Victória Álvares e Quentin Delaroche
Sinopse: No Ibura, periferia do Recife,
Cris tem a impressão de que tudo está por um fio. Ela e o marido perderam os
empregos no início da pandemia de Covid e também a casa em que moravam com 3
crianças pequenas, por risco de desabamento. Grávida do quarto filho e em busca
de uma laqueadura, ela trabalha como micro-influenciadora digital, enquanto
tenta reconstruir a casa e reestruturar a vida.
Debate após sessão
QUARTA-FEIRA (11/12/2024)
14h I Mostra especial: sessão questões
de gênero
Questões de gênero (Documentário, 28 min, 2024, Serra
Talhada - PE, Livre), de Marlom Meirelles
Sinopse: O primeiro episódio da série
"Questão de Gênero" apresenta um grupo de drag queens que reside em
Serra Talhada, principal município da mesorregião do Sertão pernambucano. Na
terra lembrada pelo nascimento de Lampião, arquétipo do chamado ? cabra macho?
Nordestino, as personagens usam e abusam da arte para questionar e desconstruir
os modelos tradicionais de masculinidade da região e a partir dos seus corpos,
implantar e promover o germe da mudança social no espaço onde vivem, trabalham
e resistem.
14h30 |Debate após sessão
18h |
Mostra competitiva de curtas, médias-metragens e filmes experimentais
Solange Não Veio Hoje (Ficção, 20 min, 2024, Salvador - BA,
Livre), de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
Sinopse: Alan é um homem de classe
média que está acostumado a ser sempre servido. Um dia, de repente, Solange,
que trabalha como funcionária em sua casa, desaparece misteriosamente. Ele
então começa a mergulhar no caos que vai tomando proporções catastróficas.
Samuel foi trabalhar (Ficção, 17 min, 2024, Maceió-AL, 10 anos), de
Janderson Felipe e Lucas Litrento
Sinopse: Na véspera de deixar a
informalidade e ser contratado, Samuel é assombrado pelo seu instrumento de
trabalho: a fantasia de engenheiro.
Flor do Coco (Documentário, 15 minutos, 2024,
Toritama - PE, Livre), de Vinícius Tavares
Sinopse: “Flor do Coco” é um mergulho
na poesia de Maria Ozana, uma mulher à frente de seu tempo. Residente de
Toritama-PE, Ozana desafia estereótipos enquanto navega entre suas múltiplas
identidades: escritora, poeta e vendedora de cocadas.
Mulher Maracatu (Documentário, 23 min, Nazaré da Mata-
PE, 2023, Livre), de Carlota Pereira e Dani Cano
Sinopse: Mulher Maracatu traz a coragem
de Dona Maria José Marques, a conhecida Cabocla Zezinha, que foi a primeira
mulher a vestir a indumentária de caboclo de lança do maracatu rural, onde só
os homens eram os brincantes. Mulheres de dentro do universo dessa cultura
popular, que por muito tempo foram excluídas por crendices anacrônicas, falam
como Dona Zezinha abriu o caminho para dar espaço a outras vozes dentro da brincadeira.
A relação das mulheres com o maracatu em Nazaré da Mata e região se relaciona
com aquilo que se manifesta na alegria: fazer a cultura ser para todas as
pessoas.
Moagem (Documentário, 16 min, 2024,
Tabira - PE, Livre), de Odília Nunes
Acessibilidade: legendagem descritiva.
Sinopse: Moagem capta a dura e doce
empreitada de homens que plantam e colhem a cana de açúcar para a produção de
rapadura no Sertão do Pajeú pernambucano. A cada ano a tradição dos engenhos
diminui e fazer a moagem torna-se resistência e encontro.
O Bombeiro (Documentário, 3 minutos, 2022,
Recife - PE, Livre), de Mozart Albuquerque
Sinopse: Um viveiro de agaves
silvestres em documentário animado.
20h | Mostra competitiva de
longa-metragem Nacional
CITROTOXIC (Ficção, 84 min, 2023, Amparo- SP,
Livre), de Julia Zakia
Acessibilidade: audiodescrição, libras e cc.
Sinopse: Bianca e sua filha Serena, de 7 anos, vivem em meio aos excessos e
toxicidades da vida urbana. Depois de uma advertência médica, elas se retiram
rumo ao interior para um fim de semana perto da natureza. Lá encontram Zé, um
trabalhador rural, que aplica veneno na fazenda vizinha. Inquietações surgem a
partir da angústia da mãe sobre o perigo do veneno, e da espontânea conexão
entre a menina e Zé.
Debate após sessão
QUINTA-FEIRA (12/12/2024)
14h | Ritual sagrado com as crianças
Angico Pankararu
14h30 |Sessão Cine Sesc apresenta
Mostra competitiva de curta e média-metragem infanto-juvenil
Era uma noite de São João (Musical, 11 min, 2022, João Pessoa -
PB, Livre), de Bruna Velden
Acessibilidade: Legendagem para surdos e ensurdecidos e audiodescrição.
Sinopse: Dona Dorinha, uma viúva idosa
cumprindo quarentena no interior do Sertão, relembra da janela de seu
sobradinho a sua história de vida através das festas juninas da cidade ao longo
dos anos.
CÓSMICA (Documentário, 7 min, 2022, João
Pessoa - PB, Livre), de Ana Bárbara Ramos
Sinopse: Num mundo onde a crise
climática atinge proporções críticas, Iara decide falar com a Terra. Com uma
visão pura e coração determinado, ela escreve uma carta para expressar seu amor
pelo planeta e principalmente convocar outras crianças numa missão que ela
considera de extremo valor: salvar o planeta das besteiras dos adultos.
Como Chorar Sem Derreter (Ficção, 15 min, 2024, Rio de Janeiro -
RJ, Livre), de Giulia Butler
Sinopse: Depois de ter segurado o choro
por tempo demais, os olhos de Elizabeth estão secos. Em casa, ela conta o que
está acontecendo para a estranha menina que vive com ela. A criança então
inventa uma máquina para salvá-la.
Super-Herois (Aventura, 11 min, 2022, Brasília - DF,
Livre), de Rafael de Andrade
Acessibilidade: Audiodescrição
Sinopse: Os super-herois famosos se
ocupam dos problemas dos adultos, mas as crianças também têm seus super-herois,
sempre prontos para ajudar a resolver seus dilemas. Herois anônimos podem estar
mais perto do que imaginamos e, neste divertido filme, eles serão relevados.
YADEDWA SEETÔ (Ficção, 13 min, 2024, Petrolândia -
PE, Livre), do Coletivo Cinema no Interior - Comunidade Indígena Angico
Pankararu.
Acessibilidade: Libras, audiodescrição e legenda descritiva.
Sinopse: Yadedwa Seetô (Menino Pássaro)
é um filme criado e estrelado por crianças da comunidade Angico Pankararu,
Sertão de Pernambuco. A história gira em torno de Seetô, um menino que embarca
em uma jornada mágica pelos cenários da caatinga, vivenciando experiências
incríveis. Após ser picado por uma cobra, ele recebe auxílio dos seres místicos
da mata e do rio, como a Comadre Fulozinha, os pássaros e outros seres da
natureza. Ao buscar sua própria libertação, Seetô também acaba libertando
diversos seres que o acompanham em sua aventura pela caatinga. Um filme
emocionante que nos faz refletir sobre a conexão entre todos os seres vivos e a
importância da liberdade.
Debate após sessão
18h | Mostra competitiva de curtas,
médias-metragens e filmes experimentais
Emerenciana (Documentário, 12 min, 2023,
Curitiba - PR, Livre), de Larissa Nepomuceno
Acessibilidade: Audiodescrição e legenda para surdos e ensurdecidos.
Sinopse:
Ela teve nome, sobrenome e uma história, mas por ser negra e pobre teve sua
identidade apagada. Emerenciana Cardoso Neves.
Mansos (Ficção, 20 min, 2024, Cuiabá -
MT, 14 anos), de Juliana Segóvia
Sinopse:
Benedita é uma jovem que cresceu com uma marca em seu passado: o assassinato de
sua mãe, Tereza. Benedita, agora liderança, fará valer a luta de sua mãe em uma
busca incessante por vingança.
Uma Irmã Mais Velha (Documentário, 25 min, 2024, Recife - PE,
Livre), de Drica Mendes
Acessibilidade: Legenda para surdos e ensurdecidos.
Sinopse: A história da população negra brasileira pode ser revisitada por
muitos ângulos, sendo um deles o de uma mulher negra. Inaldete Pinheiro de
Andrade esteve presente na formação do movimento negro em Pernambuco e tem sua
trajetória entrelaçada com a história de luta e reexistência da população
afro-pernambucana. A circularidade do tempo se revela por meio de suas
memórias, um pertencimento “a uma África do lado de lá e uma África do lado de
cá”, como também expressa afetos ancestrais grafados em cascas cinza-arroxeadas
e avermelhadas do tronco de antigas memórias do seu velho irmão, o Baobá.
Inaldete Pinheiro de Andrade apresenta, neste documentário, uma perspectiva
sobre o movimento negro pernambucano, mas desvela sobretudo a memória
sócio-histórica negra de “Uma Irmã Mais Velha”.
De Pés - Dom Santana (Musical, 8 min, 2024, Cabo de Santo Agostinho
- PE, Livre), de Cora Fagundes
Acessibilidade: Legenda para surdos e ensurdecidos.
Sinopse:
Na pequena vila Pernambucana, Dom Santana convicto do poder que lhe foi dado
por seus ancestrais, se conecta com a magia das divindades que lhe cercam em
busca de coragem para viver um grande amor que lhe atravessa.
CAROL (Ficção, 13 min, 2021, Afogados da
Ingazeira - PE, Livre), de Bruna Tavares
Sinopse: Carol é uma mãe solo na periferia de Recife.
Lilith (Documentário, 15 min, 2022,
Afogados da Ingazeira - PE, 12 anos), de Nayane Nayse
Acessibilidade: Legenda para surdos e ensurdecidos, Libras e
audiodescrição.
Sinopse: Através de relatos, Lilith destaca desigualdades de poder, usando
alegorias para expor o estigma da mãe sobrecarregada em um contexto patriarcal
interiorano.
BÚFALA (Experimental, 9 min, 2021,
Goiânia - GO, Livre), de Tothi Santos
Acessibilidade: Audiodescrição.
Sinopse: Descarrego é um documentário no qual a realizadora utiliza-se da
performance como um processo catártico para lidar com as memórias de um abuso
sofrido por ela em 2013. Nesse auto-retrato escrito em forma de carta, ela
rememora os fatos dolorosos do passado como forma de enfrentamento dessa
póstuma violência na finalidade de destruir o último objeto que ainda a prende
a esse trauma: um guarda-roupas.
20h | Mostra competitiva de longa-metragem Nacional
Sekhdese (Documentário, 78 min, 2023,
Recife -PE, Livre), de Graciela Guarani e Alice Gouveia
Sinopse:
Sekhdese significa sabedoria, em Yathê, língua do povo Fulni-ô, do Nordeste do
Brasil. Sabedoria das mulheres indígenas, expondo a luta pela terra, cultura,
meio ambiente e o etnocídio do qual são vítimas, pelas investidas das igrejas
neopentecostais.
Debate após sessão
Amostra Praça PE (PRAÇA DO AVIÃO)
Som na Rural
19h – Exibição Curta-Metragem
21h – Ambrosino
SEXTA-FEIRA (13/12/2024)
18h | Mostra competitiva de curtas,
médias-metragens e filmes experimentais
Cinemas de rua de Guaxupé (Documentário, 20 min, 2024, Guaxupé -
MG, Livre), de Eudaldo Monção Jr.
Acessibilidade: Libras
Sinopse: Os resquícios dos cinemas que
já existiram em Guaxupé, como o Cine Theatro São Carlos, evidenciam ao
espectador através desta narrativa, histórias da vida de seu público
frequentador. O filme abordará também o processo de construção de um cinema de
rua na cidade, que contemplará três salas de exibição. Sendo este, um feito
inédito no Brasil, atualmente.
A Edição do Nordeste (Documentário, 20 min, 2023, Natal -
RN, 12 anos), de Pedro Fiuza
Sinopse: Para se inventar uma região é
preciso criar sua cultura, de preferência com ajuda do cinema. Inspirado no
livro e peça "A Invenção do Nordeste", esta é uma reedição de filmes
brasileiros essenciais para a fundação do imaginário nordestino.
O Som da Pele (Documentário, 22 min, 2023, Recife - PE, Livre), de
Marcos Santos Acessibilidade: Legendagem para surdos e ensurdecidos, libras e
audiodescrição.
Sinopse: “A música não foi feita apenas
para ser ouvida, isso é apenas uma parte, mas para ser sentida, isso é o todo”.
Foi partindo dessa premissa que o músico e educador Irton Mário da Silva, mais
conhecido como mestre Batman, assumiu a missão de levar a música aos não
ouvintes e, através do método por ele desenvolvido intitulado musilibras,
ensinou garotos e garotas com surdez total ou parcial, oriundos de vários
bairros da cidade do Recife e Região Metropolitana, a fazer música... Esses
garotos são hoje os Batuqueiros do Silêncio.
SUA MAJESTADE, O PASSINHO (Documentário, 22 min, 2022, Recife -
PE, 10 anos), de Carol Correia, Mannu Costa
Acessibilidade: Legendagem para surdos e ensurdecidos, libras e audiodescrição.
Sinopse: Entre os morros e as vielas
das periferias do Recife ecoam gritos de crianças, música gospel, pontos de
orixás e batidas de brega funk. E é no ritmo do "passinho dos
malokas" que jovens periféricos estão transformando a cena artística da
cidade e fazendo-se conhecidos nas redes e no mundo. Uma música, uma
dança. Uma cultura atravessada por questões sociais, econômicas e de gênero.
É Cantando que Eu Me Liberto (Documentário, 29 min, 2024, Triunfo -
PE, Livre), de Tatá Farias
Sinopse: É cantando que eu me
liberto" é o primeiro documentário sobre a história da artista popular de
Triunfo Jéssica Caitano, com quase 20 anos de carreira, a obra busca registrar
algumas das dimensões que a artista atravessa, é a Jéssica filha, irmã,
sobrinha, aluna, mestra, referência pajeuzeira, abordando trajetória,
território e oralidade e seu discurso poético que reescreve e atualiza o imaginário
do sertão na música popular brasileira.
BucóliCALL (Experimental, 6 min, 2024, Peçanha - MG, Livre), de
Fábio Narciso
Sinopse: Ligações com o tempo, fixadas
no espaço, vindas do interior.
Damião (Musical, 5 min, 2021, São Lourenço da Mata - PE, 16 ano),
de Hórus
Acessibilidade: Legenda e Audiodescrição.
Sinopse: Esta obra é uma homenagem ao
Damião, escravizado acusado de assassinar o Português Moreira, feitor do
Engenho Cangaçá, no dia 19 de outubro de 1880 em São Lourenço da Mata.
20h | Mostra competitiva de longa-metragem Nacional
LÉGUA TIRANA (Ficção, 112 min, 2024, Exu - PE,
Livre), de Diogo Fontes Ek'derô e Marcos Carvalho Xôlaka
Acessibilidade: Libras, Audiodescrição e Legenda Descritiva.
Sinopse: LÉGUA TIRANA é um mergulho no
universo de paisagens, ritmos e sonoridades de onde LUIZ GONZAGA surgiu para
revolucionar a Música brasileira. Seguindo o fluxo de consciência do Artista em
seu momento final, LÉGUA TIRANA acompanha o menino Luiz Gonzaga em seu
aprendizado de vida. Nesta jornada em busca do seu dom e do seu destino, ele
aprende a ouvir o mundo escutando rezadeiras, comboieiros, retirantes e
finalmente com Januário – o seu pai e com a própria Natureza. De cada um desses
mestres, recolhe o essencial para construir a matriz sonora da sua revolução
musical.
Amostra Praça PE (PRAÇA DO AVIÃO)
Som na Rural
19h – Exibição Curta-Metragem
21h – Forró Só Triscando
SÁBADO (14/12/2024)
10h às 11h
| Visita
guiada ao Thea
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