terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Arcoverde: Agressão a jovem do grupo LGBTQIA+ gera notas de repúdio e cobrança por justiça


 

A agressão ao jovem Anderson Félix, conhecido nas redes sociais como Felix Limonge, influenciador digital, na madrugada do último domingo em Arcoverde, quando voltava de uma festa, vítima do crime de homofobia devido a sua opção sexual, revoltou a sociedade arcoverdense e gerou notas de repúdios de autoridades, políticos, partidos e grupos LGBTQIA+ do município.

Em suas redes sociais, Felix postou o resultado da brutal e covarde agressão sofrida, com fotos de seu rosto machucado em várias partes por elementos que não tiveram nomes divulgados.

O Coletivo LGBTQIA+ Sertão Livre ressaltou que “Há várias formas de agredir alguém e antes da agressão física, sofremos todas as outras. Somos agredidas quando somos expulsas de nossas casas, quando somos excluídas nas escolas, quando nos negam trabalho mesmo sendo capacitadas, quando viramos a piadinha do grupinho hetero da mesa ao lado, quando somos metralhadas por olhares de condenação na rua, quando somos impedidas de demonstrar qualquer afeto em público a quem amamos, quando somos aliciadas com piadas na rua, quando não podemos ir e vir sem medo de morrer”. E afirma que “A agressão física é a última arma usada pela ignorância e estupidez humana. Quando uma pessoa LGBTQIA+ é agredida, tod@s nós somos, porque é o triunfo da barbárie sobre o nosso direito fundamental de existir”.

Já o Partido dos Trabalhadores, disse esperar que os órgãos competentes investiguem e punam dentro da Lei, os responsáveis por este ato violento e cruel contra o jovem Félix. “Apesar do longo caminho que ainda precisa ser trilhado, é inegável que a partir dos governos do PT, com Lula e Dilma no planalto, os avanços foram significativos para a população LGBTQIAP+. Escutando as demandas do movimento, políticas foram implementadas não apenas no âmbito federal, como também nos estados e municípios...Compreendemos que a violência sofrida se caracteriza como uma agressão à todo o Movimento LGBTQIAP+ de Arcoverde, com total característica HOMOFÓBICA...Violência desse nível contra a comunidade LGBTQIAP+ nasce não do acaso, mas do forte sentimento de desprezo que parte da sociedade nutre por essa comunidade que, vistos como desiguais e inferiores, os tornam alvos frequentes daqueles/as que se sentem superiores”.

A vereadora Zirleide Monteiro (PTB) afirma que os crimes praticados contra LGBTQIA+, conhecidos como crimes homofóbicos, pertencem à categoria dos crimes de ódio. “São atos ilícitos ou tentativas de tais atos que incluem insultos, danos morais e materiais, agressão física, às vezes chegando ao assassinato, praticados em razão da raça, sexo, religião, orientação sexual, identidade de gênero ou etnia da vítima...Nosso desagravo a violência contra Anderson e a toda e qualquer pessoa que pense, aja ou tenha orientação sexual diferente. Ao mesmo tempo, nos solidarizamos com Anderson, sua família, amigos e todos aqueles que diariamente são vítimas do preconceito, da violência física, homofóbica, que tanto mal faz a nossa sociedade”.

O prefeito Wellington Maciel (MDB) ressaltou que “repudiamos veementemente atos desta natureza, onde a homofobia é a motivação principal para práticas de agressões físicas e violências psicológicas, o que pode ser enquadrado como crime de racismo. Respeitar a orientação sexual de cada um é um dever de todos nós”.

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A Folha das Cidades

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