segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Miliciano Adriano Nóbrega estava escondido em sítio de vereador do PSL

 
O ex-capitão da PM do RJ Adriano Nóbrega, morto em um confronto com policiais militares na manhã deste domingo (9), na zona rural da cidade de Esplanada (BA), estava escondido no sítio do vereador do PSL Gilsinho da Dedé.
Em entrevista ao G1, Gilsinho afirmou que foi surpreendido ao saber que o miliciano estava em seu sítio, negou conhecer o ex-PM e disse que o terreno deve ter sido invadido. Disse ainda que a propriedade não tem caseiro e é cercada de arame.

Por outro lado, a operação que terminou com a morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega nasceu de uma coordenação entre MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e a PM-BA (Polícia Militar da Bahia), que já sabiam onde ele estava escondido.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), ligado ao MP-RJ, Nóbrega estava sendo monitorado há mais de um ano. “Toda a sua rede de proteção, e os possíveis paradeiros” eram conhecidos pelos investigadores, do miliciano, conforme nota sobre o tema.

O MP-RJ também tinha conhecimento da operação deste domingo (9), assim que o Gaeco da Bahia obteve a autorização da Justiça para realizá-la. “Em razão do local do fato, as circunstâncias da morte do foragido da Justiça serão apuradas pelas estruturas locais com atribuição, conforme determina a lei”, diz a nota.

A operação acabou terminou com a morte de Nóbrega, miliciano investigado como suspeito de participação no assassinato de Marielle Franco, e que também tem envolvimento com o senador Flávio Bolsonaro – sua esposa e sua mãe figuravam como funcionárias do escritório do então deputado estadual, e seriam parte de um esquema de “rachadinha”, segundo denúncia.

Em nota, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ao qual Marielle era filiada, disse:

"A Executiva Nacional do PSOL exige esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do miliciano e, através de sua Executiva Nacional, de sua direção regional Bahia e parlamentares, solicitará uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública daquele estado para obter maiores informações, uma vez que Adriano da Nóbrega era peça-chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson". A sigla também que vai avaliar "medidas que envolvam autoridades nacionais".

A folha das cidades

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