Em evento em Nova York, ministro das Relações Exteriores afirmou que algumas privatizações serão feitas até a metade do mandato do presidente Jair Bolsonaro, e que a dos Correios deve ser uma das maiores.
O Ministro das Relações exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, participa de evento da rede Bloomberg, em Nova York, na quinta-feira (26) — Foto: Felippe Coaglio/TV Globo |
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que o governo brasileiro pretende
privatizar cerca de 350 das 400 empresas estatais. A afirmação foi dada a uma
plateia de investidores estrangeiros durante evento em Nova York, na quinta-feira (26).
O encontro
foi organizado pela rede Bloomberg e contou também com a presença da ministra
da Economia do México, Graciela Marquez. Durante 30 minutos o chanceler
brasileiro respondeu às perguntas de uma das jornalistas do canal.
Ernesto
Araújo disse que algumas privatizações serão feitas até a metade do mandato do
presidente Jair Bolsonaro e que a privatização dos Correios deve ser uma das
maiores. “É interessante porque nos anos 90 as pessoas criticavam que havia uma
grande onda de privatização, mas ainda assim o país ficou com 400 empresas
estatais”, afirmou o ministro.
Questionado
se o governo brasileiro foi pressionado por oficiais americanos a não adotar a
tecnologia da empresa chinesa Huawei na implementação do 5G no Brasil, Araújo
desconversou. Afirmou que sabe das preocupações do governo americano, mas que o
Brasil está analisando todas as companhias e que em breve anunciará qual
sistema vai usar.
A jornalista
americana insistiu se o ministro tem medo de que os Estados Unidos diminuam a
parceria com o Brasil caso o governo brasileiro escolha a Huawei. O chanceler
respondeu que a parceria com o governo americano é ótima e não vê isso como um
desafio.
O ministro afirmou que o Brasil e os Estados Unidos têm muitos
interesses em comum e que o Brasil viveu uma forte política antiamericana por
muito tempo. Araújo defendeu que o Brasil tem que aproveitar esse momento de
afinidades.
“É errado
pensar que não sabemos o que o futuro vai nos trazer, então não vamos fazer
isso ou aquilo porque não sabemos se determinado líder estará lá. Eu acho o
oposto. Vamos aproveitar ao máximo as proximidades que temos e transformá-las
em novos acordos.”
Ernesto
Araújo também defendeu que o Brasil continue construindo relações com outros
países e confirmou que o presidente Jair Bolsonaro viajará para a China no mês
que vem.
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