A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, em 2040, 80
milhões de pessoas em todo o mundo serão afetadas pelo mal, cerca de 16% da
população com mais de 65 anos
Setembro
volta suas atenções para trazer à tona diversos temas importantes no quesito
saúde. Neste período, vivencia-se, por exemplo, o “Setembro Amarelo”, o
“Setembro Verde”; e o “Setembro Vermelho”. Não menos importante, o Mal de
Alzheimer (MA) também tem espaço nesta lista e ao longo do mês é vivenciado o
“Setembro Roxo”, que alerta para o combate da doença que, em 2040, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), deverá acometer cerca de 16% da população
com mais de 65 anos, algo em torno de 80 milhões de pessoas no mundo inteiro,
em 2050.
Com
proporções de epidemia, o Alzheimer ganha ainda mais notoriedade se levado em
consideração o fato de que, no Brasil, assim como em outras partes do mundo, a
população idosa, público mais afetado pela doença, tem aumentado
significativamente ao longo dos anos. Dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) afirmam que, em 2060, o número de pessoas com
mais de 60 anos deverá mais que duplicar. Atualmente, representa cerca de 13%
do total de brasileiros, podendo bater a marca dos 32%.
O
envelhecimento da população não só preocupa, ele reforça a importância de se
falar, entre muitas questões, sobre o Alzheimer. A terceira idade traz consigo
algumas limitações, dentre as quais físicas, motoras e psicológicas e realizar
tarefas comuns ganha um grau de dificuldade. A locomoção, a fala, a audição e a
memória tendem a se comportar com mais limitações. Não é via de regra, mas toda
essa realidade costuma fazer parte da vida das pessoas mais velhas, porém é
importante ficar atento a alguns sinais emitidos pelo corpo, uma vez que podem
indicar não somente a velhice, mas problemas sérios, como o Mal de Alzheimer.
Sobre o
Alzheimer
É a
principal doença degenerativa do cérebro, da mesma forma que é a principal
causa de demência e não tem cura, por isso, o alerta para a prevenção. “Uma vez
o paciente recebendo um diagnóstico de Alzheimer, nós não temos, à luz do
conhecimento atual, nenhuma terapia com vistas a cura. Trabalhamos terapias
sintomáticas (remédios e terapia ocupacional) que melhoram o desempenho
cognitivo do doente para que ele melhore sua funcionalidade e qualidade de vida
”, pondera Paulo Henrique Fonseca, neurologista que atende no Núcleo de
Oncologia do Agreste (NOA).
O
esquecimento aliado a mudanças repentinas de comportamento, como agressividade,
teimosia, falta de senso de direção, dificuldades no aprendizado e alterações
constantes na atenção podem ser sinais de doença de Alzheimer. “Faz-se
necessário investigar caso a caso, principalmente se esses esquecimentos venham
associados a prejuízos nas suas funções do dia-a-dia, como, por exemplo, quando
o paciente paga a mesma conta várias vezes ou vai comprar algo barato, dá uma
cédula de R$ 100 e não pede o troco ou uma pessoa que é muito responsável com
suas contas e passa a esquecer de pagá-las”, explica Fonseca.
O
Alzheimer age da seguinte forma: “o cérebro vai criando uma série de toxinas, e
estas toxinas dificultam a comunicação dos neurônios e literalmente os matam.
Chega um momento em que a doença perde o freio e os neurônios não param mais de
morrer e o paciente vai perdendo as funções cognitivas, dentre elas se destaca
a memória, mas não é apenas a memória”, pontua o médico.
“É
importante destacar que a doença começa 20 ou 30 anos antes do seu diagnóstico.
Assim sendo nós deveríamos estar nos preocupando ainda na juventude com a
promoção de uma boa saúde para investirmos em um envelhecimento saudável, uma
vez que já estamos sendo submetidos a fatores de risco que, eventualmente,
farão desenvolver a doença”, orienta.
*Sinais
importantes que ajudam na identificação precoce da doença: *
1.
Perda de memória (acontecimentos recentes);
2.
Dificuldade em realizar tarefas do dia-a-dia, como fazer uma ligação, amarrar o
cadarço do sapato ou cozinhar;
3.
Desorientação, não identificando a data, a estação do ano, o local onde se
encontra;
4.
Problemas de discernimento, como dificuldade em se vestir de acordo com a
estação do ano, por exemplo;
5.
Problemas de linguagem, como esquecimento de palavras simples associado à
dificuldade de compreensão da fala e da escrita;
6.
Repetir conversas ou tarefas, devido ao esquecimento constante;
7.
Trocar o lugar das coisas, como colocar o ferro de passar roupa na geladeira,
por exemplo;
8.
Alteração brusca do humor sem razão aparente;
9.
Alteração na personalidade de modo a se identificar na pessoa apatia, confusão,
agressividade ou desconfiança;
10.
Perda de iniciativa, com características de desinteresse pelas atividades
habituais, apresentado apatia.
Fonte:
site da ABRAz
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