A primeira oficina de
cordel acontece entre os dias 19 e 23 de agosto, na escola estadual Rotary, em
Nova Descoberta
Um projeto das professoras e pesquisadoras
Shirley Rodrigues e Eulina Fraga vai levar a arte do Cordel a algumas escolas
públicas do Estado. A ideia é propor o resgate e a valorização dessa arte
popular junto aos estudantes do ensino médio. O projeto "Cordel: novos
tempos, novos leitores” tem por objetivo trabalhar a poesia e o cordel em forma
de oficinas, buscando ser um atrativo cultural e motivador da leitura, como
também difundir a cultura popular do cordel. Nesta primeira etapa, as oficinas
vão acontecer em três escolas de ensino médio, sendo duas no Recife, nos
bairros de Nova Descoberta e Macaxeira, e uma na cidade sertaneja de Custódia.
“Por meio das oficinas
vamos mostrar a importância do cordel na evolução da história da literatura do
Brasil. Apresentar as várias formas de se utilizar o cordel na sala de aula por
exemplo: leituras jogral, esquetes teatral e musicado. Incentivar a produção
escrita e valorizar os novos talentos, repassar aos poetas-escritores técnicas
de aperfeiçoamento da produção artesanal do folheto de cordel”, explica a professora e cordelista Shirley
Rodrigues. A primeira oficina começa na próxima segunda-feira (19) e encerra no
dia 23 de agosto. Durante uma semana, os alunos da escola estadual Rotary, em
Nova Descoberta, terão contato com o universo das rimas e versos da literatura
de cordel.
Cada oficina terá cinco atividades, que
serão distribuídas da seguinte forma: Contexto histórico e pesquisa sobre o
cordel; Técnicas de produção de textos de cordéis, métrica e rima; Produção
individual dos alunos; Técnicas da xilogravura; e Produção escrita e gráfica
dos cordéis. O projeto das oficinas será destinado ao público em geral com
faixa etária superior a 14 anos. “A oficina resgatará e valorizará a
literatura de cordel motivando-os ao interesse pela cultura, leitura e a
escrita”, reforça.
Uma das preocupações das idealizadoras
do projeto é com a inclusão e a participação de todos os estudantes nas
oficinas. Para isso, nas turmas haverá uma professora de braile/libras para
auxiliar os alunos com deficiência auditiva e visual. “A literatura de cordel
trata de temas simples do cotidiano das pessoas e de forma diversificada de
vivências. Por trabalhar com a realidade, cada participante pode sentir-se
parte da história, o que contribui para a melhoria do ensino e aprendizagem.
Por isso, queremos que todos participem”, destaca.
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