Manter-se
hidratado e dormir bem são algumas das dicas
Mês de férias para muita gente, janeiro combina com
prática de exercícios e aventuras ao ar livre, praia, piscina, descanso e
passeios para aproveitar os dias quentes e convidativos comuns ao verão,
período vivenciado de 21 de dezembro a 20 de março no Brasil. Mas é importante
ficar atento a alguns cuidados com a saúde, em especial com a cabeça. Você
sabia que a enxaqueca não combina em nada com as épocas mais quentes do ano, e
que quem sofre com a doença tem mais predisposição a ter mais episódios de dor?
Segundo um estudo realizado pelo Beth Israel
Deaconess Medical Center, hospital de Boston (EUA), ligado à Universidade de
Harvard, há o aumento em 7,5% nas queixas de enxaqueca a cada 5º C marcados a
mais pelo termômetro. Logo, há maior incidência de dor na estação mais
convidativa do ano, uma vez que traz consigo a elevação das temperaturas,
atingindo marcas surpreendentes, muitas vezes próximas ou superiores aos 35
graus, especialmente no Nordeste brasileiro.
“A enxaqueca é uma doença dos vasos sanguíneos
cerebrais caracterizada principalmente pela dor de cabeça forte (tipicamente
latejante e de um lado só da cabeça), mas envolve alterações de humor, do
apetite e outros sintomas neurológicos como tontura e visão dupla. Existem
gatilhos que deflagram a crise, como alguns alimentos (chocolates, café, frutas
cítricas, conservantes), jejum prolongado e privação de sono’”, pontua o
neurologista Paulo Henrique Fonseca. Além da elevação das temperaturas, outros
gatilhos podem piorar a enxaqueca: mudanças nos hábitos alimentares, bebidas
alcoólicas em excesso, abuso da luminosidade, ruídos, cheiros e alteração no
ciclo do sono são fatores determinantes para a crise.
Então, para aproveitar bem as férias, o verão e
tudo que eles podem proporcionar, algumas dicas podem ajudar o paciente de
enxaqueca: manter-se hidratado, bebendo muita água, sucos, isotônicos, água de
coco; evitar o consumo em excesso de álcool; alimentar-se a cada três horas,
com preferências às comidas naturais, de fácil digestão, pouca gordura, condimentos
e cafeína; proteger-se do sol, com a utilização de óculos escuros, chapéu ou
guarda-sol; e dormir bem, porém sem exagerar.
Mas, se com todos esses cuidados ainda assim a dor
aparecer, “a orientação é afastar-se do sol ou de locais com excesso de luminosidade;
interromper as atividades físicas; e procurar descansar. Tomar o remédio
indicado pelo médico, repousar em um ambiente de penumbra são determinantes
para amenizar a dor. Caso os sintomas sejam recorrentes, procurar o
profissional especializado para uma avaliação aprofundada do quadro”, explica
Fonseca.
Como identificar a enxaqueca:
Pode ser enxaqueca quando a dor dura de 4 a 72 horas, acomete um só lado da
cabeça ou a cabeça toda, geralmente pulsátil, podendo também ser em peso ou
pressão e pode vir acompanhada de náuseas e/ou vômitos, intolerância a luz,
barulho, cheiro e movimentos. Além disso, ela começa fraca e vai ficando forte,
diferente de outros tipos de dores de cabeça que ou já começam fortes ou são
sempre moderadas.
Números da doença - A enxaqueca
atinge cerca de 15% da população brasileira, algo em torno de 31 milhões de
pessoas, a maioria na faixa dos 25 aos 45 anos. Entre as mulheres, o problema
chega a até 25%, mais que o dobro da prevalência entre os homens, segundo o
Ministério da Saúde.
A prevenção é sempre o melhor remédio:
- Abuse da água, sucos, isotônicos, água de coco,
etc;
- Evite álcool em excesso;
- Alimente-se de 3 em 3 horas. Prefira comidas mais
naturais, de fácil digestão, com pouca gordura, condimentos e cafeína;
- Evite também os embutidos e queijos amarelos;
- Proteja-se do sol e do calor;
- Mantenha regularidade de sono.
Dupla Comunicação
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