Prefeitura de Arcoverde

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Tropa do Balacobaco leva a escolas de Arcoverde histórias das lendas pernambucanas


Apresentações fazem parte do Projeto “A Lenda na Cena – Sertões de Pernambuco”. Giro por unidades educacionais da cidade sertaneja será entre os dias 18 e 26 de fevereiro 

 

fotos: Kaian Alves

Foram quase 30 dias e 3 mil quilômetros rodados, saindo de Arcoverde e percorrendo as seis microrregiões sertanejas de Pernambuco. O motivo: colher histórias lendárias de diversas comunidades que fazem parte dos Sertões de Pernambuco e que compõem importante parte da nossa identidade brasileira. Esta foi a jornada que a Tropa do Balacobaco realizou em 2024 e que agora vem a público apresentar o resultado das pesquisas de “A Lenda na Cena – Sertões de Pernambuco”, projeto aprovado no Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 – Grupos e Coletivos Artísticos.


fotos: Kaian Alves

 

A viagem pelos municípios de Arcoverde (Sertão do Moxotó), Triunfo (Sertão do Pajeú), São José do Belmonte (Sertão Central), Tacaratu (Sertão de Itaparica), Petrolina e Lagoa Grande (Sertão do São Francisco) e Bodocó (Sertão do Araripe) serviu para que a Tropa buscasse histórias do imaginário popular para transformá-las em textos dramatúrgicos. Ao todo, 100 causos foram selecionados e, após uma curadoria, foram eleitos seis que serão apresentados em 10 escolas de Arcoverde entre os dias 18 e 26 de fevereiro.

 

Chamada de “Giro Nas Escolas”, a fase final do projeto terá a contação teatralizada das histórias “O Macaco e a Cutia”, “A Lavadeira de Pratos”, “Camões - O Inteligente”, “A Caboquinha”, “Lobisomem” e o “Boi Coruja”. A primeira etapa de apresentações começa nesta terça-feira (18), nas escolas municipais Sebastião Luiz Cavalcanti (9h) e Olga Gueiros Leite (11h). Na quarta-feira (19), será a vez da Escola Municipal Leonardo Pacheco de Albuquerque (9h) e o Centro de Ensino Integral Jonas de Freitas Lima (11h).  

 

“Levar ao conhecimento das crianças histórias do lendário sertanejo, rico de simbologias e de crenças será um momento muito gratificante para nós que fazemos a Tropa. Nos empenhamos dia a dia, minuto a minuto, para transpor tudo o que ouvimos de homens e mulheres, jovens e crianças, de todas as idades, para o universo teatral. Nosso intuito é contribuir com a preservação e a difusão dessas lendas que compõem o nosso imaginário coletivo enquanto sertanejos e se com isso conseguirmos arrancar sorrisos e aguçar a imaginação do público, teremos cumprido a nossa missão”, afirma Ney Mendes, coordenador da pesquisa.

 

Diário de Bordo – Do total de histórias coletadas pelos escutadores, foram escolhidas dez de cada região. Essas 60 lendas, além de fotos e registros da vivência com as comunidades por onde a Tropa passou, estão disponíveis para conhecimento do público no site https://tropadobalacobaco.com/a-lenda-na-cena.php. 

 

Fazem parte do projeto “A Lenda na Cena – Sertões de Pernambuco” Ney Mendes (coordenação geral e texto dramatúrgico), Jéssica Mendes (produtora geral), Everson Melo (produção executiva), Danielly Lima e Lindryelle Vanessa (atrizes/pesquisadoras) Roosevelt Neto (ator/pesquisador), Yan Vinícius (ator/pesquisador e direção da contação de histórias), Juliano Jason (músico), Paulo Almeida (músico), Juliana Aguiar (assessoria pedagógica), Thiago Campos (designer gráfico e videomaker), Kaian Alves (fotógrafo) e Jéssika Betânia (assessora de comunicação nas cidades).

 

A Tropa do Balacobaco – Entre várias extensões artísticas, é um grupo de teatro de pesquisa, cuja origem está vinculada às tradições populares. Nascida em 2007, a Tropa trilha sua pesquisa teatral na busca por uma linguagem autoral, desenvolvendo trabalhos que entoam os contos e cantares dos nossos ancestrais, por acreditar que, ao recontar as histórias desse Brasil diverso, contribui para o reavivamento do pensamento crítico e autônomo sobre “quem somos” e ainda sobre “quem queremos ser”. O grupo traz um vasto currículo de apresentações somadas ao longo de sua trajetória. Tem sede em Arcoverde, no Sertão, faz parte do quadro de ocupantes da Estação da Cultura, organização que desenvolve trabalho de resistência artístico-cultural, composta por diversos grupos e seguimentos artísticos da cidade, desde 2001. Em 2013, a Tropa sublinha como público-alvo de sua abordagem cênica crianças e jovens. Desde então, vem direcionando suas pesquisas e montagens nesse sentido.

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