Segundo a gestão estadual, recursos serão usados em saneamento rural, manutenção de rodovias e segurança pública.
Sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Centro do Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
A Assembleia
Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta quarta (3), por unanimidade, o
projeto de lei 556/2023, que autoriza o governo do estado a contrair um
empréstimo de até R$ 3,4 bilhões. Segundo a gestão estadual, os recursos serão
usados em ações de saneamento rural, manutenção de rodovias e segurança pública.
A proposta foi enviada pelo Executivo no dia 17
de abril. Na ocasião, a governadora Raquel Lyra (PSDB) foi pessoalmente à sede
do Legislativo entregar o projeto aos deputados estaduais.
A
votação foi realizada nesta quarta (3), em dois turnos, no plenário da Casa
Joaquim Nabuco, no Centro do Recife. Na primeira
discussão, havia 37 deputados presentes e, na segunda, 35. Todos os
parlamentares aprovaram o texto.
Empréstimo de mais de
R$ 3,4 bilhões
Ao todo, o governo pretende captar R$ 3.447.662.648,77. No entanto, uma das emendas aprovadas na Comissão de Justiça da Alepe determina que, em 2023, o valor não pode passar de R$ 2,5 bilhões.
O restante dos empréstimos só poderá
ser contraído em 2024.
Segundo
o governo, o empréstimo foi negociado junto a instituições nacionais e
internacionais, com garantia da União. No entanto, a proposta enviada pelo
Executivo inclui apenas as operações de crédito internacionais:
·
até R$ 90
milhões, negociados com o Banco Mundial (BIRD), para o Programa de Saneamento
Rural de Pernambuco (Prosar-PE);
·
até R$ 200
milhões, concedidos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
para o programa "Juntos pela Segurança".
O governo divulgou que pretende destinar outra parte dos recursos
para a recuperação das rodovias estaduais, mas não detalhou os valores que
serão remanejados.
O g1 também
procurou a gestão estadual para saber mais detalhes sobre as operações de
crédito a serem obtidas com bancos nacionais, mas, até a publicação da matéria,
não obteve resposta.
Segundo o governo do estado, o empréstimo é
necessário para cobrir a queda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), a principal fonte de receita do Executivo
estadual, que teve uma queda de 17,2% em março.
Além disso, o governo alega que tem, neste ano, um
déficit fiscal de R$ 7 bilhões.
Ainda de acordo com a gestão estadual, o valor de
R$ 3,4 bilhões está dentro do limite autorizado pela Secretaria do Tesouro
Nacional para o estado.
Texto passou
por comissões
Na terça (2), a proposta foi aprovada por
unanimidade na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe, após
passar pelas comissões de Finanças e Administração Pública.
Na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça,
foram acatadas três emendas ao texto:
·
a primeira proíbe a aplicação de recursos
provenientes dos empréstimos em despesas com pessoal;
De acordo com a
Alepe, o valor que exceder a vinculação ao ajuste fiscal dependerá de abertura
de créditos adicionais, que precisam de autorização específica por parte do
Legislativo.
Por g1 PE
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