quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Mais de 80 doenças podem ser curadas através do transplante de medula óssea

Apenas 25% dos pacientes encontram doador no núcleo familiar, por isso a importância de se ter grande número de pessoas cadastradas no banco de medulas, segundo o hematologista Ícaro Felix, do Núcleo de Oncologia do Agreste (NOA)

 


Mais de 80 doenças podem ser curadas através do transplante de medula óssea. Entre elas, as mais conhecidas são leucemia, linfoma e casos graves de anemia. A probabilidade de encontrar uma medula compatível é de uma em cem mil, no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Vale salientar que 25% dos pacientes encontram um doador no núcleo familiar. O restante, precisa achar uma pessoa compatível no banco de medula. O médico hematologista Ícaro Felix, do Núcleo de Oncologia do Agreste (NOA), destaca a importância de se ter um grande número de pessoas cadastradas, a fim de aumentar as chances de se encontrar o maior número de doadores compatíveis.  

 

Este mês foi celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (terceiro sábado de setembro), criado pela Associação Mundial de Doadores de Medula. O Brasil possui o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, com uma média de 5 milhões de pessoas cadastradas, segundo o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). O médico Ícaro Felix explica que para se cadastrar como doador, basta procurar um hemocentro: "é no hemocentro onde uma amostra de 10ml de sangue é coletada e um Termo de Consentimento Livre Informado, autorizando a realização de um exame de compatibilidade, é assinado. Essas informações genéticas do doador são registradas no REDOME". 

 

O hematologista detalha que "quando um paciente compatível com a medula do doador é encontrado, esse é contactado para a realização de exames e avaliação médica, para a então liberação da doação de fato". Para se tornar um doador é preciso ter entre 18 e 35 anos; não ter doença infecciosa ou incapacitante; além de não ter câncer, doenças do sangue ou do sistema imunológico". 

 

O transplante autólogo, quando as próprias células-tronco do paciente são retiradas antes da quimioterapia de alta dose e armazenadas para serem infundidas no paciente após a quimioterapia estar finalizada, é feito em Pernambuco, tanto na rede privada quanto na rede pública (IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira). "O transplante alogênico (quando as células-tronco vêm de um doador) também já é feito em Pernambuco, na rede privada. O Hospital Português, no Recife, tem convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde) e também realiza o transplante alôgenico, mediante parceria com o Estado, para os pacientes dependentes do sistema público de saúde", acrescenta Ícaro Felix.

 

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