Fabricado pela Pfizer, medicamento é composto por dois antivirais: o nirmatrelvir e o ritonavir. Ele é indicado para pacientes com quadro leves a moderados da Covid-19.
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| Foto mostra fabricação de comprimido da Pfizer contra a Covid-19 em Freiburg, na Alemanha, em 16 de novembro de 2021. — Foto: Divulgação / Pfizer / AFP |
O Ministério da Saúde anunciou, na última
sexta-feira (6), a incorporação do medicamento Paxlovid,
composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, para
casos leves de Covid.
Esse é o primeiro tratamento incluído no Sistema Único de Saúde
(SUS) para tratamento de pacientes com quadro leves a moderados da Covid-19 e
alto risco de complicações. Ele tem o objetivo de
prevenir internações, complicações e mortes.
Em 30 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso
emergencial do Paxlovid. Após a publicação da incorporação no
Diário Oficial, na sexta-feira, o Ministério tem 180 dias para disponibilizar o
tratamento na rede pública.
Com potencial para
redução da evolução da doença para quadros graves, o medicamento
será ofertado para pacientes adultos imunocomprometidos ou com idade igual ou
superior a 65 anos.
O
tratamento só poderá ser utilizado em caso de teste positivo para doença e em
até cinco dias após início dos sintomas.
Em
abril, o Ministério da Saúde incorporou o medicamento baricitinibe para casos
graves da Covid-19. Ele também foi recomendado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) e já tinha registro no Brasil para o tratamento de
artrite reumatoide e dermatite atópica.
Como funciona o medicamento
O
Paxlovid consiste em dois medicamentos antivirais em conjunto: o nirmatrelvir e o ritonavir.
Essa
associação deve ser administrada por via oral e é indicada para pacientes com Covid-19 leve à moderada, não
hospitalizados, que apresentam elevado risco de complicações e sem necessidade
de uso de oxigênio suplementar.
O
nirmatrelvir impede que o vírus se prolifere, tendo, assim, uma potente
atividade contra o vírus da Covid-19 e outros coronavírus.
Já
o ritonavir inibe a ação de uma enzima que degrada o nirmatrelvir. Com isso,
colabora para que o nirmatrelvir fique por mais tempo disponível na corrente
sanguínea, o que potencializa a sua ação.
O nirmatrelvir é um novo
remédio desenvolvido pela Pfizer-BioNTech, enquanto o ritonavir é uma droga que
já era usada no tratamento do HIV/AIDS.

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