Marcelo da Silva, 40 anos, confessou o assassinato da menina Beatriz Mota, em Petrolina, em 2015 — Foto: Reprodução/TV Globo |
A polícia Civil de Pernambuco
conseguiu chegar ao autor do crime da menina Beatriz, assassinada aos 7 anos na
escola particular em que estudava, na cidade de Petrolina, Sertão do Estado, no
dia 10 de dezembro de 2015. A criança recebeu mais de 40 facadas depois de sair
da quadra do colégio para beber água. Acontecia uma festa de formatura no local
e, mesmo com a movimentação intensa, alguém entrou no estabelecimento, puxou
Beatriz, cometeu o crime e deixou o corpo em uma sala desativada.
O homem apontado como autor
do assassinato já foi recolhido e confessou o crime. Os detalhes da operação serão
apresentados nesta quarta-feira (12), às 9h, na sede da Secretaria da Defesa Social
(SDS-PE).
A secretaria da Defesa Social
vai apontar as provas técnicas do caso, que foi solucionado com base em exames
de DNA na arma do crime.
O caso se
arrasta há seis anos.
No final do
ano passado, os pais da garota fizeram uma romaria de Petrolina até o Recife
para cobrar pessolamente ao governador Paulo Câmara um desfecho. Um perito doi
demitido logo depois.
A coletiva
de imprensa será realizada às nove hora, na SDS.
Laudo pericial
A TV Globo teve acesso exclusivo ao laudo final do
Caso Beatriz. Concluído na segunda (10), o documento foi enviado, nesta terça
(11), para a Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS) e ao Ministério Público
de Pernambuco (MPPE).
O
documento da perícia técnica não esclarece a motivação do crime. Também não
informa quais outros crimes são atribuídos ao homem que está preso.
A
peça-chave para o esclarecimento do caso foi a faca usada pelo criminoso
Marcelo da Silva, que está preso em Salgueiro, também no Sertão pernambucano.
Os
peritos coletaram o DNA no cabo da arma, deixada no local do homicídio. A
partir da análise, foi possível comparar com o perfil do assassino. O DNA dele
fazia parte do Banco Estadual de Perfis Genéticos.
Segundo informações obtidas com pela TV
Globo, o DNA da faca foi comparado com o material genético de
125 pessoas, consideradas suspeitas.
Todas essas amostras
foram coletadas pelos peritos pernambucanos do Instituto de Genética Forense
Eduardo Campos, desde 2015.
E foi justamente o Banco de Perfis
Genéticos que revelou que entre esses suspeitos estava o assassino de Beatriz
Angélica, que já está preso por outros crimes.
O laudo mostra, ainda,
que o perfil genético obtido a partir da amostra é compatível com o DNA da
menina e do suspeito.
Faca usada para matar a menina Beatriz Angélica foi peça-chave para coleta de material genético que identificou suspeito — Foto: Reprodução/TV Globo |
Fonte: JC G1pe
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