Médicos do Núcleo de Oncologia do Agreste (NOA) reforçam a importância da mamografia no rastreamento precoce da doença
Depois dos cânceres de pele
não melanoma, o câncer de mama é o tumor maligno que mais acomete mulheres em
todo o mundo. Por ano, são cerca de dois milhões de novos casos em todo o
mundo; no Brasil, até 2022, devem surgir aproximadamente 66 mil novos casos
anualmente. O lado bom é que a mortalidade por essa doença vem diminuindo:
“isso se deve aos avanços no tratamento da doença e, principalmente, ao
rastreamento com a mamografia para mulheres com risco mediano e para aquelas de
risco decorrente de síndromes genéticas de câncer”, afirma o oncologista
Alexandre Sales, diretor médico do NOA – Núcleo de Oncologia do Agreste,
sediado em Caruaru.
Um estudo realizado na
Suécia, em 2019, e publicado na Revista Cancer mostra que mulheres dos 40 aos
69 anos que fizeram o exame de imagem para o rastreamento da doença tiveram uma
redução de 60% do risco de morte: “isso mostra como é fundamental que as
mulheres inseridas nesta faixa etária tenham a preocupação de procurar um
especialista para que seja prescrita a mamografia”, reforça Alexandre Sales.
Há pelo menos dez anos, o
Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomendam às
mulheres que façam a mamografia e não fiquem só no autoexame, conforme explica
Vanessa Honório, mastologista do NOA: “o tumor quando é palpável, geralmente já
está grande, então, o objetivo é diagnosticar antes que chegue a esta fase,
através do exame de rastreio, que é a mamografia; claro que a paciente tem que
fazer o autoexame para se conhecer, mas caso venha a perceber alguma alteração,
deve procurar um especialista porque o autoexame não substitui o rastreamento
preconizado”.
Mas, afinal, quais são os
sinais e os sintomas do câncer de mama? Muitas mulheres acreditam que terão
alguma sintomatologia e com ela virá a preocupação em buscar ajuda médica, mas
isso é um engano. “Sabemos que 99% dos cânceres de mama são assintomáticos, ou
seja, ele não vai dar nenhum sinal de que está se desenvolvendo no organismo. O
importante é fazer os exames de rotina, de acordo com a faixa etária, e a
partir daí, procurar o mastologista que é o especialista ideal para o
acompanhamento”, afirma o mastologista Aristóteles Diniz, que também faz parte
do quadro clínico do NOA.
Em relação aos sinais, o
especialista diz que eles são perceptíveis a depender da localização do tumor:
“ele, por exemplo, pode causar uma retração ao bico do seio (a aréola) se
estiver muito próximo a esta região; pode provocar o surgimento de secreção
estranha e espontânea; pode causar uma assimetria entre as mamas... são sinais
de alerta que apontam que as mulheres precisam procurar um médico o mais rápido
possível”.
Outubro Rosa – O movimento
de sensibilização para os riscos do câncer de mama surgiu nos anos 1990, nos
Estados Unidos, e hoje é comemorado em todo o mundo. O nome faz referência à
cor do laço rosa que simboliza a luta contra a doença e estimula a participação
da população, empresas e entidades em campanhas. Anualmente, o Núcleo de
Oncologia do Agreste se mobiliza para levar o máximo de informações às pessoas
sobre a necessidade de as mulheres, em especial, buscarem fazer exames que
possam diagnosticar, de forma precoce, a doença e, com isso, terem uma chance
mais alta de cura.
Direto da nossa redação
Claudio Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário