Farmacêutica acerta acordo com Eurofarma e
expectativa é de 100 milhões de doses por ano, para distribuir na América
Latina
Expectativa é que Eurofarma produza 100 milhões de doses em 2022
| ERIK S. MENOR/EFE/EPA |
A partir do ano
que vem a vacina contra covid-19 da
Pfizer vai ser produzida aqui no Brasil. Isso porque a farmacêutica dos Estados
Unidos e a parceira BioNTech confirmaram, nesta sexta-feira (25), que assinaram
um acordo com a Eurofarma, laboratório de medicamentos genéricos, para fabricar
o imunizante no país.
A produção de doses prontas pelo laboratório
brasileiro será 2022. Mas, as instalações de equipamentos e as
atividades de transferência técnica e desenvolvimento começam
imediatamente. Vale destacar que o acordo não cobre o complicado processo de
produção do RNA
mensageiro do fármaco, que seguirá sendo feito
nas instalações da Pfizer e da BioNTech, nos Estados Unidos.
Agora
de manhã, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou a importância do
acordo. "Significa que a grande indústria acredita no nosso país e no
sistema de saúde do Brasil. Em termos práticos, gera emprego, gera renda, gera
tributos e gera uma garantia que teremos mais uma tecnologia no nosso país na
produção de vacinas, que serão exportadas para toda a América Latina. Além de
ser, também, um incentivo à pesquisa básica. Não só ensaios clínicos",
afirmou Queiroga, que terá um encontro com representantes da farmacêutica
norte-americana ainda hoje.
A expectativa da
Pfzizer/BioNTech é que a farmacêutica nacional produza mais de 100 milhões de
doses prontas anualmente em plena capacidade operacional. Os imunizantes
produzidos no país serão distriuídos na América Latina.
Albert Bourla, CEO da Pfizer, afirma que a
ampliação da produção vai ajudar na distribuição dos imunizantes. "Todos,
independentemente da condição financeira, etnia,
religião ou geografia, merecem acesso às vacinas contra a
covid-19 que salvam vidas. Nossa nova colaboração com a Eurofarma expande nossa
rede global de cadeia de suprimentos – nos ajudando a continuar fornecendo
acesso justo e equitativo à nossa vacina. Continuaremos a explorar e buscar
oportunidades como esta para ajudar a garantir que as vacinas estejam
disponíveis para todos os que precisam", disse ele.
O comunicado não
deixa claro se o Brasil vai ter mais doses disponíveis no ano que vem. De
acordo com o vacinômetro, do Ministério da Saúde, mais de 30 milhões de doses
da Pfizer já foram aplicados nos brasileiros, o que equivale a mais de 17% dos
vacinados.
O imunizante foi o primeiro a ter uso definitivo
autorizado no país e é único que pode ser aplicados também em adolescentes de
12 a 17 anos.
O acordo entre a Pfizer/BioNTech e a Eurofarma é o
terceiro entre farmacêuticas e labarotários brasileiros para produção de
imunizantes contra a covid-19. Já que a AstraZeneca é produzida pela Fiocruz
(Fundação Osvaldo Cruz), no Rio de Janeiro, e a CoronaVac, da chinesa Sinopharm,
é feita no Instututo Butantan, em São Paulo.

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