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| População retira lama de casas e estabelecimentos comerciais (Reprodução/TV Jornal Interior) |
A chuva
de 288 mm no início da noite de segunda-feira (2) demorou cerca de seis horas
em Sanharó,
no Agreste de Pernambuco. Em alguns bairros, como o Salgado, a
água subiu mais de dois metros, destruindo móveis e obrigando os moradores a
abandonarem os imóveis. A água começou a baixar por volta das 5h, quando os
moradores puderam retornar às casas para retirar a lama e entulhos
A professora Gabriely Oliveira
contou que foi para outro local com as crianças para aguardar o nível da água
baixar: "Só veio cessar tarde da noite".
No bairro Padre Noval, algumas
casas continuavam dentro da água de um córrego próximo a um açude no período da
manhã. No vizinho Boa Esperança, caíram dois imóveis, que estavam fechados.
A
proprietária de uma das casas, Simone Bezerra, lamenta os prejuízos, mas
agradeceu a Deus por não estar no local no momento do incidente com os filhos.
"Eu não morava lá mas tinha móvel ainda, perdeu tudo.
A prefeitura decretou estado de
emergência em decorrência do recorde de volume de chuvas que caíram na cidade.
A Codecipe está monitorando a situação junto com a Defesa Civil local, que fez
um levantamento inicial de cerca de 300 pessoas desabrigadas.
De acordo com o coordenador,
Lisboa Júnior, o canal que passa ao lado dos bairros alagados não absorveu o
grande volume de água. "Tem vários efeito sanfona dentro da cidade, se
chover 60 mm nós vamos estar do mesmo jeito, tirando a lama das casas das
pessoas, porque não tem para onde escoar".
A água subiu para centro da
cidade, invadindo prédios públicos e o comércio. Em uma loja de móveis, a água
cobriu toda a mercadoria, um prejuízo total para o proprietário. O comerciante
Edmar Torres disse que não teve condições sequer de olhar o prejuízo durante a
noite. "Eu acredito que a água estava 60 cm acima de nossa porta".
Dois
prédios foram destinados para receber os desabrigados, mas eles preferiram ir
para a casa de parentes. As famílias estão precisando principalmente de
lençóis, comida, água mineral e roupas. O material está sendo entregue na
Escola Professor Amaro.
A secretária de Assistência Social, Flávia Didier, afirma que o momento é difícil, mas que a prefeitura está prestando todo o apoio. "Dessa vez foi bem maior do que as outras".
NE10 INTERIOR Por Luiz Carlos Fernandes

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