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| Aumento aconteceu cerca de 24 horas depois de confirmação de 1º caso (Foto: Divulgação/Josué Damacena/IOC/Fiocruz) |
Após cerca
de 24 horas da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, o número
de pessoas suspeitas de ter o vírus no país disparou pode chegar a 300, segundo
o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. Na última
sexta-feira (21), era apenas um caso.
O
Ministério da Saúde recebeu as notificações dos estados até a tarde de hoje
(27), mas não analisou todos. Até o momento, 132 casos são oficialmente
tratados como suspeitos. “Esse número não é definitivo. É muito maior que 132. Ficamos
com 213 notificações ainda não analisadas. Elas podem ser todas consideradas
suspeitas ou apenas uma parte, mas dá para a gente avaliar que, na verdade,
temos perto de 300 casos suspeitos”, disse Gabbardo.
Segundo o
secretário, esse aumento se explica em virtude do aumento do número de países
com fluxo migratório intenso com o Brasil e que têm pessoas com o vírus. Um
exemplo é o primeiro caso confirmado no Brasil. O homem de 61 anos não esteve
na China, que concentra a maioria dos casos no mundo, e sim na Itália. Após a
confirmação desse caso, pessoas com histórico de viagem à Itália, à França e à
Alemanha e que apresentem febre somado a um sintoma respiratório também são
tratadas como suspeitas de ter o coronavírus.
Critérios
O
ministério tem usado como critérios de determinação de casos suspeitos: ter
viajado para um dos 16 países da Ásia, Europa e Oriente Médio com casos da
doença; não ter viajado, mas ter tido contato com esses viajantes ou ter tido
contato com o caso confirmado no Brasil. Em todas as hipóteses, a pessoa é
considerada como um caso suspeito se apresentar febre somada a um sintoma
respiratório.
Os 16
países considerados na definição de casos suspeitos são: Austrália, China,
Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã,
Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos.
O
secretário-executivo do ministério reforçou ainda a importância das medidas de
prevenção para reduzir os riscos de contaminação da doença. A lavagem constante
das mãos e evitar levá-las ao rosto e, principalmente, à boca; o uso de álcool
em gel para esterilização das mãos e o não compartilhamento de utensílios de
uso pessoal, como talheres, copos e travesseiros, entre outros.
Bolsonaro
Nesta
quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que pode ser que ele cancele a
viagem que faria à Itália devido ao surto de coronavírus no país europeu.
“Infelizmente,
é mais uma realidade ruim que vai ter que ser enfrentada. Já estamos
enfrentando, fazendo o possível”, disse o presidente.

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