quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Homem é preso por falsificar receitas médicas para pegar remédios de graça e revender

Segundo a Polícia Civil, ele confessou que usava receituários encontrados no lixo de hospitais como modelo e disse lucrar até R$ 200 mensais com a prática.


Receituários falsos eram feitos a partir da observação de documentos verdadeiros encontrados no lixo, segundo Polícia Civil — Foto: Polícia Civil/Divulgação


Um homem de 61 anos foi preso em flagrante em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, por preencher receituários falsos. Com o documento, ele conseguia medicamentos em postos de saúde e, depois, revendia os remédios para lucrar até R$ 200 por mês. O caso foi divulgado nesta quarta (6) pela Polícia Civil.

Preso na segunda (4), o homem confessou o crime durante o interrogatório. De acordo com o delegado José Custódio, receituários encontrados no lixo de hospitais serviam de modelo para que o homem produzisse os documentos falsos.

“Ele disse que geralmente costumava ir no lixo de hospitais e postos e procurava receituários descartados para imitar a caligrafia e a assinatura dos médicos”, afirmou o delegado. Os carimbos, segundo o policial, eram confeccionados sem dificuldades.

Todos os receituários possuíam o número da Classificação Internacional de Doenças (CID), após pesquisas na internet. Todas as receitas também continham nomes de pacientes.

“Para escrever o nome dessas pessoas, ele foi até o setor de achados e perdidos de um hospital em Jaboatão, disse que havia perdido a identidade dele e, quando recebeu a caixa com outros documentos, roubou algumas identidades do local”, disse o delegado.

Ao chegar em hospitais públicos e postos de saúde, o homem dizia ser portador do paciente para pegar os medicamentos. Depois, com os remédios em mãos, ele revendia os produtos a farmácias e a terceiros.
Após a prisão, o homem foi encaminhado a uma audiência de custódia e, de acordo com a Polícia Civil, foi liberado e vai responder ao processo em liberdade. Apesar da liberação, o inquérito deve continuar aberto.

“Vamos descobrir quem agia junto com ele e se em algum momento ele agia como médico, receitando remédios para pessoas”, afirmou José Custódio. A polícia também vai investigar quais estabelecimentos estão envolvidos na compra dos medicamentos.

Por Ronan Tardin, TV Globo

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