Segundo a Polícia Civil, ele confessou que usava receituários encontrados no lixo de hospitais como modelo e disse lucrar até R$ 200 mensais com a prática.
Receituários falsos eram feitos a partir da observação de documentos verdadeiros encontrados no lixo, segundo Polícia Civil — Foto: Polícia Civil/Divulgação |
Um homem de 61 anos foi preso em flagrante em Jaboatão dos Guararapes,
no Grande Recife, por preencher
receituários falsos. Com o documento, ele conseguia medicamentos em postos de
saúde e, depois, revendia os remédios para lucrar até R$ 200 por mês. O caso
foi divulgado nesta quarta (6) pela Polícia Civil.
Preso na
segunda (4), o homem confessou o crime durante o interrogatório. De acordo com
o delegado José Custódio, receituários encontrados no lixo de hospitais serviam
de modelo para que o homem produzisse os documentos falsos.
“Ele disse
que geralmente costumava ir no lixo de hospitais e postos e procurava
receituários descartados para imitar a caligrafia e a assinatura dos médicos”,
afirmou o delegado. Os carimbos, segundo o policial, eram confeccionados sem
dificuldades.
Todos os receituários possuíam o número da Classificação Internacional
de Doenças (CID), após pesquisas na internet. Todas as receitas também
continham nomes de pacientes.
“Para escrever o nome dessas pessoas, ele foi até o setor de achados e
perdidos de um hospital em Jaboatão, disse que havia perdido a identidade dele
e, quando recebeu a caixa com outros documentos, roubou algumas identidades do
local”, disse o delegado.
Ao chegar em hospitais públicos e postos de saúde, o homem dizia ser
portador do paciente para pegar os medicamentos. Depois, com os remédios em
mãos, ele revendia os produtos a farmácias e a terceiros.
Após a prisão, o homem foi encaminhado a uma audiência de custódia e, de
acordo com a Polícia Civil, foi liberado e vai responder ao processo em
liberdade. Apesar da liberação, o inquérito deve continuar aberto.
“Vamos descobrir quem agia junto com ele e se em algum momento ele agia
como médico, receitando remédios para pessoas”, afirmou José Custódio. A
polícia também vai investigar quais estabelecimentos estão envolvidos na compra
dos medicamentos.
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