domingo, 19 de maio de 2019

UFRJ descobre o vírus mayaro, 'primo' do chicungunha, no estado do Rio

Entre os sintomas provocados estão dores intensas nas articulações, que se prolongam por meses


Testes de laboratório mostraram que vírus mayaro pode ser transmitido tanto pelo mosquito Aedes quanto pelo pernilongo comum (Culex), o que potencializa o risco de epidemia Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

RIO — Uma nova ameaça à saúde pública assombra o estado do Rio: cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ) descobriram que um vírus com sintomas semelhantes aochicungunha pode provocar uma epidemia no Sudeste. Ambos têm características semelhantes, como intensas e incapacitantes dores nas articulações, que se prolongam por meses. Não há vacina ou qualquer tratamento específico.
Testes de laboratório mostraram que o vírus pode ser transmitido tanto pelo mosquisto Aedes quanto pelo pernilongo comum (C ulex ), o que potencializa o risco de epidemia, destaca Amílcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, onde o estudo foi realizado.
Confundido com o chicungunha, o mayaro está no Rio desde 2016. E a gravidade da descoberta é que os casos são autóctones. Isto é, as pessoas foram infectadas aqui, não viajaram para regiões endêmicas. Até agora, são conhecidos três casos, todos de Niterói.

Ana Lucia Azevedo
oglobo.globo.com/

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