Mulheres relataram ter sido molestadas por profissional de saúde na unidade da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife.
UPA fica no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife (Foto: Reprodução/Google Street View) |
A sindicância
teve início na quinta-feira. O Cremepe, responsável pela fiscalização do
exercício profissional, tem 30 dias para concluir os trabalhos, que vão
transcorrer sob sigilo. O prazo, no entanto, pode ser estendido por mais dois
meses.
As denúncias surgiram a partir de um relato feito por
uma jovem de 18 anos, atendida pelo profissional de saúde, em um a das salas da
UPA. Ela procurou a Delegacia da Mulher, na área central da capital, na noite
de quarta-feira (21), e declarou ter sido abusada horas antes.
No mesmo dia, a Polícia Civil informou que estava
investigando as informações de outra mulher. Ela também teria sido abusada pelo
mesmo médico
conselho
informou que existem cinco tipos de punição, em caso de comprovação do
envolvimento de profissionais em irregularidades ou infrações. São elas:
advertência, advertência confidencial, censura pública, afastamento por até 30
dias e, por último, cassação do registro profissional.
O site do Cremepe mostra que, este ano, 900 sindicâncias
tramitaram na entidade. Desse total, 37 foram julgadas pela câmara e um caso
teve recurso enviado ao Conselho Federal de Medicina. A maioria dos casos tem
relação com exercício da profissão, como escalas de plantão e falta ao serviço.
Delegada Ana Elisa Sobreira falou sobre as denúncias de estupro feitas por pacientes contra médico no Recife (Foto: Penélope Araújo/G1) |
Entenda o
caso
Na quinta-feira
(22), depois que as denúncias de estupro foram divulgadas, a delegada Ana Elisa
Sobreira informou que as investigações serão feitas sob sigilo. A policial
informou houve tomada de depoimentos e adiantou que nada poderia ser divulgado.
Outras
testemunhas também serão ouvidas, para que os depoimentos sejam somados ao
resultado de exames feitos na paciente.
Segundo a
polícia, a primeira vítima declarou, em depoimento, ter sido molestada pelo
médico. De acordo com a corporação, a jovem não conseguiu informar o nome do
profissional. Ela também não apontou as características físicas do suposto
agressor.
A jovem havia
mencionado que foi atendida por um médico traumatologista e que o crime ocorreu
quando ela voltou ao consultório em que foi atendida para mostrar um exame de
raio-X.
Segundo a
delegada da Mulher, Gleide Ângelo, a vítima estava muito nervosa quando chegou
à delegacia e não conseguia falar com detalhes o que aconteceu. Assim que ela
relatou o estupro, foi direcionada aos exames.
Por G1 PE
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