sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Alimentação saudável e a prevenção de doenças


Por Lívia Carolina Amâncio


A relação entre alimentação saudável e a prevenção de doenças é um tema central na atuação de qualquer nutricionista. A ciência já demonstrou que os alimentos têm um impacto direto sobre nossa saúde, desde a prevenção de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, até a manutenção do bem-estar geral. Diante de uma crescente epidemia de obesidade e doenças relacionadas à má alimentação, torna-se imprescindível promover a conscientização coletiva sobre a importância de uma alimentação equilibrada.


A obesidade está diretamente ligada a uma alimentação inadequada, rica em alimentos ultraprocessados, gorduras saturadas e açúcares refinados. O excesso de peso não só aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como também está associado a câncer, diabetes tipo 2 e problemas articulares, impactando gravemente a qualidade de vida. Para combater esses problemas, é fundamental adotar uma alimentação saudável que possa agir como uma verdadeira "medicina preventiva".


Para prevenir doenças e manter um peso saudável, os nutricionistas recomendam algumas dicas práticas que incluem, por exemplo, priorizar alimentos in natura ou minimamente processados, como os alimentos frescos; evitar ultraprocessados e produtos industrializados; fracionar as refeições, comendo em intervalos regulares ao longo do dia; e garantir uma hidratação adequada, com a recomendação de consumir de dois a três litros de água por dia. Além disso, é importante praticar a moderação. Não é preciso eliminar completamente os alimentos prazerosos, mas o consumo de doces, frituras e bebidas alcoólicas deve ser moderado.


Apesar de o caminho para uma alimentação saudável parecer simples em teoria, na prática, os desafios são muitos. O acesso a alimentos saudáveis ainda é limitado para grande parte da população, especialmente em áreas de baixa renda, onde os ultraprocessados costumam ser mais baratos e acessíveis. Além disso, a rotina corrida e o sedentarismo contribuem para escolhas alimentares inadequadas e falta de tempo para cozinhar.


Para superar esses desafios, é necessário não apenas adotar mudanças individuais, mas também promover políticas públicas que favoreçam o acesso a alimentos saudáveis e a educação nutricional, principalmente nas escolas. O combate à obesidade e às doenças relacionadas à alimentação começa no prato, mas exige uma ação coletiva para criar ambientes que favoreçam escolhas alimentares conscientes e saudáveis.


Lívia Carolina Amâncio é Mestra em Ciências Fisiológicas, coordenadora e docente do curso de Nutrição da Wyden.

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