Rapaz de 24 anos foi atingido no abdômen, enquanto tentava impedir a mãe dele de ser agredida. Crime aconteceu no domingo (2). Outro filho também ficou ferido.
Hospital da Restauração, na área central do Recife — Foto: Reprodução/TV Globo |
Um dos jovens que foi
baleado pelo pai, que é sargento da Polícia Militar no Recife, faleceu após passar por cirurgia. Segundo a
Polícia Civil, Diego Augusto Francisco de Lima Carvalho, de 24 anos, e o irmão
foram atingidos por disparos de arma de fogo enquanto tentavam separar uma
briga entre o pai e a esposa, mãe deles, no domingo (2).
Diego foi
atingido com um tiro no abdômen. Após ser socorrido para o Hospital Getúlio
Vargas (HGV), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste, ele foi transferido para o
Hospital da Restauração, no Centro. Segundo a unidade de saúde, o estado dele
era grave e ele não resistiu aos ferimentos.
O óbito
aconteceu às 17h do domingo (2), após a realização de uma cirurgia e foi
confirmado pelo hospital na manhã desta segunda-feira (3). O outro filho,
Moisés Francisco de Lima Carvalho Filho, de 27 anos, está internado no Hospital
Getúlio Vargas, também passou por cirurgia e tem quadro de saúde estável,
segundo a unidade de saúde.
Prisão em flagrante
O pai
deles, o sargento Moisés Francisco de Lima Carvalho foi preso em flagrante
ainda no domingo. Segundo o delegado Adyr Almeida, ele apresentava sinais de embriaguez no momento da prisão e
costumava usar a arma de fogo para ameaçar parentes e vizinhos.
"É uma pessoa que estava
rotineiramente atrapalhando convívio social ali naquela comunidade", apontou
Almeida, após o depoimento do PM no domingo.
O advogado
Alexandre Neto, responsável pela defesa do sargento, afirmou que os disparos
foram acidentais.
De acordo
com a Polícia Civil, o caso é investigado pelo Departamento de Homicidios e
Proteção à Pessoa (DHPP), para onde o policial militar foi levado. Ele foi
ouvido, autuado em flagrante e deve passar por audiência de custódia nesta
segunda-feira (3).
Por meio de
nota, a Polícia Militar informou que o sargento estava realizando apenas
atividades administrativas na corporação, após ser afastado de suas atividades
pelo Núcleo de Apoio ao Dependente Químico da PM para tratamento.
Ainda de
acordo com a PM, que classificou o fato como "uma tragédia familiar",
o sargento vai responder a um processo administrativo disciplinar, "onde
terá a oportunidade de ampla defesa e contraditório como prevê a Constituição
Federal".
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